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Carta de Kenneth Grant à Zivorad Mihajlovic Slavinski


Fra. Aossic-Aiwass 718 ∵ & Fra. Zivo-Aivaz 65 ∵

Postarei aqui, um pequeno trecho de uma carta de Kenneth Grant à Zivorad Mihajlovic Slavinski, onde o velho corvo, como eu o chamei uma vez, coloca sua percepção em alguns aspectos de O Livro da Lei. Bem, esse trecho é inédito em nossa língua, e foi publicado em “Sunyata” de Zivorad M. Slavinski. As linhas dadas por Grant, são interessantes e de certa forma renovadoras. Vamos ao trecho.

Data: 17/12/1997

“A O.T.O. está particularmente interessada neste aspecto da magick (contato com inteligência extraterrestre) e este interesse existe desde o tempo quando Liber AL foi reconhecido como uma mensagem de fontes supra-humanas. Mas não muito tempo atrás, tenho descoberto que o livro contém uma mensagem velada sob seu texto superficial, uma mensagem que conforme sua verdadeira fundação tem a física quântica. Estou trabalhando sobre ele muito lentamente e com muitas dificuldades. Tenho decifrado dele muitos eventos que vão acontecer, com um procedimento geométrico completamente novo, que está implícito no texto velado dado por Aiwaz em 1904. Aleister Crowley não foi capaz de entender este significado – ele não estava cônscio de sua existência. No texto velado do Liber AL existem muitos dados sobre a viagem através do tempo e sobre as coisas em relação a isto que ainda não tenho decifrado e entendido.”

Como muitos sabem, Kenneth Grant trocava muitas missivas com diversas pessoas pelo mundo afora. Isso fez dele quase um missivista, uma pessoa que gostava de ouvir soluções e não problemas.

Ele admirava também aqueles que expunham suas experiências genuínas, e de alguma forma ele respondia as missivas dependendo do que ele percebia, assim alguma dica sutil estava implícita no seu texto. Ou algo novo que ele mesmo vivenciou e passava algumas das questões levantadas que não havia tido alguma resposta. Ou mesmo um complemento de algo que faltava, fosse algum assunto debatido por aqueles que vieram antes dele, fosse por aqueles que estavam descobrindo algo que poderia influenciar muitos segundo a profundidade da questão debatida, como foi o caso de Soror Andahadna[1]. Mas o mais interessante para mim, era quando não vinham quaisquer respostas em missivas. A "resposta" se dava em outros planos, se é que pode ser dito dessa maneira.

Sobre o trecho da carta. Pensem no AL como algo realmente fora do tempo-espaço, que transgrida o convencional da ciência cartesiana, e que cada um dos seus versos interaje harmonicamente com os profundos estratos de nossa consciência. Se a consciência é luz (energia), e se imaginarmos que os versos do AL são feitos de partículas que criam uma espécie de entropia quando contatadas com a mesma, há então um pequeno, mas importante despertar, mesmo que não estejamos conscientes disso, dessa maquinaria (de guerra?[2]).

Dois momentos podem surgir então a partir desse primeiro impacto: quando essas partículas se aglutinam na consciência de quem lê, onde ocorre uma sensação que alguma coisa mudou, mas não o suficiente para nos levar ao mais profundo de nossa consciência; ou quando há uma profunda crise pessoal (traumas, sonhos, determinados acidentes e etc.), cujo sintoma pode se tornar devastador, e a partir daí, a energia em ebulição, aciona a dinâmica delas. Contudo, só será estabelecida num processo de “anulação” dessas polaridades, daqueles estados indesejáveis ligados por diversos aspectos do nosso psíquico-emocional, quando houver a vivência direta com essas diversas camadas internas, e que nos limita em sermos o que realmente Somos. Esse processo equilibrador pode levar anos, meses ou menos, dependendo de uma série de possibilidades daquele que passa por esse mesmo processo.

Também seria interessante termos em mente, que a Consciência em sua imensidão & profundidade é capaz de viajar além do espaço-tempo[3]. Ela ultrapassa a velocidade da luz, porque ela é o espaço que permeia a própria existência da luz como conhecemos. Ela é o TODO, a totalidade da Lei.

Como falei muitos anos atrás, O Livro da Lei é Iniciação. Uma Iniciação que está completamente veiculada as emanações da Corrente Criativa. Assim, não podemos analisar o AL por padrões mentais, mas Essenciais, e obviamente que não seria mais uma análise, mas a experimentação em diversos níveis. Esses níveis pertencem aos Planos Interiores. Uma prova disso, é o florescimento de miríades de interpretações sobre o AL em sua inteireza, o que leva a miríades de possibilidades, demonstrando a sua vasta diversificação inclusa nos 220 versos ou fórmulas apresentadas nesse genuíno escrito.

______________

Nota do autor do texto

[1] Margaret C. Ingalls (1939-2018). Andahadna era o seu mote na antiga O.T.O. Tifoniana. Posteriormente ficou conhecida como Soror Nema.

[2] “Adubai-a ao redor com maquinaria de guerra!” (AL, Cap. III, v. 6)

[3] Veja o livro K-Pax – o caminho da luz, de Gene Brewer. Este foi adaptado para o cinema, com magistral atuação do ator Kevin Spacey.

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